quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Promotoria investiga Jota Quest, Milton Nascimento e Ivete Sangalo
Postado Por: iveteonlineCompartilhe:

A banda Jota Quest, o cantor Milton Nascimento e a cantora Ivete Sangalo receberam dinheiro da prefeitura de Belo Horizonte e do governo de Minas Gerais para shows e projetos culturais, sem licitação. Agora, esses repasses vão ser investigados pelo Ministério Público. O promotor Eduardo Nepomuceno de Sousa, da Defesa do Patrimônio Público, abriu investigação nesta quarta: "Os temas foram encaminhados para distribuição, nesta Promotoria de Justiça, nesta data, a fim de dar início à investigação", disse ele, em email ao iG.

Flausino e Nascimento apoiaram a eleição do governador Antonio Anastasia (PSDB), no ano passado, e do prefeito Marcio Lacerda (PSB), em 2008. Lacerda e Anastasia são aliados e pertencem ao grupo político do senador Aécio Neves. Ivete não participou da campanha, mas os repasses a ela também serão investigados.

Nos três casos, eles receberam verbas públicas para shows pagos. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura e o governo do Estado patrocinam a Virada Cultural, mas os shows são gratuitos.

Ivete Sangalo



De acordo com informações da PBH, no primeiro edital para repasse de recursos a eventos com potencial turístico foram aprovados 14 projetos, no segundo 27 e no terceiro 31. Entre os últimos projetos aprovados destaca-se também a turnê “Ivete Sangalo no Madison Square Garden”.

Os valores para a baiana Ivete, por enquanto, não foram publicados no diário oficial. A cantora baiana se apresentou com esta turnê em Belo Horizonte no último dia 22, em comemoração ao aniversário de 20 anos de um shopping na região norte da capital. O ingresso mais barato custava R$ 55, sendo meia entrada para pista. O mais caro saiu por R$ 270, em camarote com bebidas liberadas.

A concessão de auxílio financeiro para eventos em Belo Horizonte foi regulamentada pelo Decreto Municipal 14.142, publicado no DOM no dia 5 de outubro de 2010. Ele diz que deverá ser repassado à prefeitura ingressos a serem distribuídos gratuitamente, em quantidade equivalente ao montante de recursos repassados. Para o projeto ser aprovado, a PBH leva em consideração uma série de fatores, entre eles fortalecimento da imagem do município, impacto na rede hoteleira, relevância e singularidade, além de valorização cultural da cidade. A escolha é feita por uma comissão e dispensa licitação, o que está previsto em lei. Neste ano foram destinados R$ 3 milhões, de acordo com a prefeitura.

O repasse de dinheiro público de Belo Horizonte para a baiana Ivete já havia chamado a atenção do Ministério Público em 2009, que instaurou um inquérito envolvendo o então diretor da Belotur Júlio Pires. Para o evento “Axé Brasil”, que teve ingressos vendidos de R$ 30 a R$ 600, a prefeitura da capital destinou R$ 453 mil. Além de Ivete, os recursos foram destinados ao show da Banda Chiclete com Banana. O promotor de Defesa do Patrimônio Público Eduardo Nepomuceno considerou o repasse “ilegal e imoral” e pede em processo judicial ressarcimento público. A ação em fase final pode ser julgada ainda neste ano. O iG procurou a assessoria de Ivete, mas ainda não obteve resposta.

Fonte : IG
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